O Tesouro

“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de [literalmente a partir de sua] alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. Essa parábola descreve como alguém se converte e é levado para dentro do reino dos céus. A pessoa descobre um tesouro e é impelida pela alegria a vender tudo o que tem para adquirir esse tesouro. O reino dos céus é a morada do Rei. O anseio de estar ali não é um desejo de ter um terreno no céu, mas de ser companheiro do rei. O tesouro no campo é a comunhão com Deus em Cristo. Eu concluo com essa parábola que para entrarmos no reino dos céus, nossa conversão deve ser profunda, e convertemo-nos quando Cristo se torna para nós uma arca do tesouro de alegria santa.

Na conversão encontramos o tesouro oculto do reino de Deus. Arriscamos tudo nele. E, ano após ano, nas lutas da vida, comprovamos repetidamente o valor do tesouro e descobrimos novas profundidades de riquezas que não conhecíamos. Assim a alegria da fé cresce. Quando Cristo nos chama para um novo ato de obediência que nos custe algum prazer temporal, lembramo-nos do valor insuperável que é segui-lo e, pela fé no seu valor provado, esquecemos o prazer mundano. Qual é o resultado? Mais alegria! Mais fé! Mais profunda que antes. E assim avançamos de alegria em alegria, de fé em fé. Por trás do arrependimento que dá as costas ao pecado e por trás da fé que se entrega a Cristo esta o nascimento de um novo gosto, de um novo anseio, de uma nova paixão pelo prazer da presença de Deus. Essa é a raiz da conversão.”

(John Piper)

“C.S. Lewis – O Saguão”

‘Especial C.S. Lewis’:

“O cristianismo “puro e simples” é como um saguão de entrada que se comunica com as diversas peças da casa. Se eu conseguir trazer alguém até este saguão, terei cumprido o objetivo a que me propus.

Porém, é nos cômodos da casa, e não no saguão, que estão a lareira e as cadeiras e são servidas as refeições. O saguão é uma sala de espera, um lugar a partir do qual se podem abrir as várias portas, e não um lugar de moradia.
Para morar, segundo creio, o pior dos cômodos (seja lá qual for) será preferível. É verdade que certas pessoas vão descobrir que terão de esperar no saguão por um tempo considerável, enquanto outras saberão com certeza e imediatamente em qual das portas deverão bater. Eu não conheço o porquê dessa diferença, mas tenho a convicção de que Deus não deixa ninguém à espera a não ser que a julgue benéfica. Quando você chegar ao seu cômodo, descobrirá que a longa espera lhe fez um bem que não seria alcançável por outros meios. Porém, sua estada no saguão deve ser encarada como uma espera, e não como um acampamento. Você deve perseverar na oração, implorando pela luz; e, claro, mesmo que ainda no saguão, deve começar a tentar obedecer às regras comuns à casa inteira. Acima de tudo, deve se perguntar continuamente qual das portas é a verdadeira; não qual delas tem a pintura mais bonita ou possui os melhores ornamentos. Em linguagem clara, a pergunta a ser feita não deve ser: “Será que eu gosto desses rituais?”, mas sim: “Serão essas doutrinas verdadeiras? O sagrado mora aqui? Será que minha relutância em bater nesta porta não se deve ao orgulho, ou a um gosto pessoal, ou ao capricho de não simpatizar com o seu guardião?”

Quando você chegar ao seu cômodo  seja bondoso com as pessoas que escolheram outras portas, bem como com as que ainda estão no saguão. Se elas estão no erro, precisam ainda mais de suas preces; e, se forem suas inimigas, você, como cristão, tem o dever de orar por elas. Esta é uma das regras comuns à casa inteira.”

(C.S. Lewis)

“O Filho de Deus tornou-se homem para possibilitar que os homens se tornem filhos de Deus.”

“C.S. Lewis – Sobre a Lei Natural”

Sim, eu estou num momento “Ah, Clive Staples Lewis (C.S. Lewis)”. Ultimamente estou lendo bastante os seus textos e frases, acessando no twitter, correndo atras de artigos e mais artigos. E cada vez mais eu fico admirada com a sabedoria – concedida por Deus – de Lewis. E essa semana vou tentar fazer um ‘Especial C.S. Lewis‘. Como gosto muito dos escritos dele e acho que ‘atinge’ um publico além do cristão, quero expor aqui, para quem não tem como sair conferindo. Bom, já postei uma citação e um texto sobre Moral Cristã, Orgulho e Vícios

Enfim, segue agora o segundo texto, que retirei de um site que aparentemente esta abandonado (lagrimas), e que não tem muitos conteúdos disponíveis. 

“Espero que vocês não se irritem com o que vou dizer. Não estou fazendo uma pregação, e Deus sabe que não pretendo ser melhor do que ninguém. Só estou tentando chamar a atenção para um fato: o de que, neste ano, neste mês ou, com maior probabilidade, hoje mesmo, todos nós deixamos de praticar a conduta que gostaríamos que os outros tivessem em relação a nós.

Podemos apresentar mil e uma desculpas por termos agido assim. Você se impacientou com as crianças porque estava cansado; não foi muito correto naquela questão de dinheiro – questão que já quase fugiu da memória -porque estava com problemas financeiros; e aquilo que prometeu para fulano ou sicrano, ah!, nunca teria prometido se soubesse como estaria ocupado nos últimos dias. Quanto a seu modo de tratar a esposa (ou o marido), a irmã (ou o irmão) — se eu soubesse o quanto eles são irritantes, não me surpreenderia; e, afinal de contas, quem sou eu para me intrometer?

Não sou diferente. Ou seja, nem sempre consigo cumprir a Lei Natural, e, quando alguém me adverte de que a descumpri, me vem à cabeça um rosário de desculpas que dá várias voltas ao redor do pescoço. A pergunta que devemos fazer não é se essas desculpas são boas ou más. O que importa é que elas dão prova da nossa profunda crença na Lei Natural, quer tenhamos consciência de acreditar nela, quer não. Se não acreditássemos na boa conduta, por que a ânsia de encontrar justificativas para qualquer deslize? A verdade é que acreditamos a tal ponto na decência e na dignidade, e sentimos com tanta força a pressão da Soberania da Lei, que não temos coragem de encarar o fato de que a transgredimos. Logo, tentamos transferir para os outros a responsabilidade pela transgressão. Perceba que é só para o mau comportamento que nos damos ao trabalho de encontrar tantas explicações. São somente as fraquezas que procuramos justificar pelo cansaço, pela preocupação ou pela fome. Nossas boas qualidades, atribuímo-las a nós mesmos.

São essas, pois, as duas ideias centrais que pretendia expor. Primeiro, a de que os seres humanos, em todas as regiões da Terra, possuem a singular noção de que devem comportar-se de uma certa maneira, e, por mais que tentem, não conseguem se livrar dessa noção. Segundo, que na prática não se comportam dessa maneira. Os homens conhecem a Lei Natural e transgridem-na. Esses dois fatos são o fundamento de todo pensamento claro a respeito de nós mesmos e do universo em que vivemos.”

(C.S. Lewis)

“O Filho de Deus tornou-se homem para possibilitar que os homens se tornem filhos de Deus.”

“C.S. Lewis – Moral Cristã, Orgulho e Vícios”

“Chego agora à parte em que a moral cristã difere mais nitidamente de todas as outras morais. Existe um vício do qual homem algum está livre, que causa repugnância quando é notado nos outros, mas do qual, com a exceção dos cristãos, ninguém se acha culpado. Já ouvi quem admitisse ser mau humorado, ou não ser capaz de resistir a um rabo de saia ou à bebida, ou mesmo ser covarde. Mas acho que nunca ouvi um não-cristão se acusar desse vício. Ao mesmo tempo, é raríssimo encontrar um não-cristão que tenha alguma tolerância com esse vício nas outras pessoas. Não existe nenhum outro defeito que torne alguém tão impopular, e mesmo assim não existe defeito mais difícil de ser detectado em nós mesmos. Quanto mais o temos, menos gostamos de vê-lo nos outros.

O vício de que estou falando é o orgulho ou a presunção. A virtude oposta a ele, na moral cristã, é chamada de humildade. Você deve se lembrar de que, quando falávamos sobre a moralidade sexual, adverti que não era ela o centro da moral cristã. Bem, agora chegamos ao centro. De acordo com os mestres cristãos, o vício fundamental, o mal supremo, é o orgulho. A devassidão, a ira, a cobiça, a embriaguez e tudo o mais não passam de ninharias comparadas com ele. E por causa do orgulho que o diabo se tornou o que é. O orgulho leva a todos os outros vícios; é o estado mental mais oposto a Deus que existe.

Parece que estou exagerando? Se você acha que sim, pense um pouco mais no assunto. Agora há pouco, observei que, quanto mais orgulho uma pessoa tem, me nos gosta de vê-lo nos outros. Se quer descobrir quão orgulhoso você é, a maneira mais fácil é perguntar-se: “Quanto me desagrada que os outros me tratem como inferior, ou não notem minha presença, ou interfiram nos meus negócios, ou me tratem com condescendência, ou se exibam na minha frente?” A questão é que o orgulho de cada um está em competição direta com o orgulho de todos os outros. Se me sinto incomodado por que outra pessoa fez mais sucesso na festa, é porque eu mesmo queria ser o grande sucesso. Dois bicudos não se beijam.

O que quero deixar claro é que o orgulho é essencialmente competitivo — por sua própria natureza -, ao passo que os outros vícios só o são acidentalmente, por assim dizer. O prazer do orgulho não está em se ter algo, mas somente em se ter mais que a pessoa ao lado. Dizemos que uma pessoa é orgulhosa por ser rica, inteligente ou bonita, mas isso não é verdade. As pessoas são orgulhosas por serem mais ricas, mais inteligentes e mais bonitas que as outras. Se todos fossem igualmente ricos, inteligentes e bonitos, não haveria do que se orgulhar. É a comparação que torna uma pessoa orgulhosa: o prazer de estar acima do restante dos seres. Eliminado o elemento de competição, o orgulho se vai. E por isso que eu disse que o orgulho é essencialmente competitivo de uma forma que os outros vícios não são. O impulso sexual pode levar dois homens a competir se ambos estão interessados na mesma moça. Mas a competição ali é acidental; eles poderiam, com a mesma facilidade, ter se interessado por moças diferentes. Um homem orgulhoso, porém, fará questão de tomar a sua garota, não por desejá-la, mas para provar para si mesmo que é melhor do que você. A cobiça pode levar os homens a competir entre si se não existe o suficiente para todos; mas o homem orgulhoso, mesmo que tenha mais do que já mais poderia precisar, vai tentar acumular mais ainda só para afirmar seu poder. Praticamente todos os males no mundo que as pessoas julgam ser causados pela cobiça ou pelo egoísmo são bem mais o resultado do orgulho. Veja a questão do dinheiro. A cobiça pode fazer com que o homem deseje ganhar dinheiro para comprar uma casa melhor, poder viajar nas férias e ter coisas mais apetitosas para comer e beber. Mas só até certo ponto. O que faz com que um homem que ganha 10.000 libras por ano fique ansioso para ganhar 20.000 libras? Não é a cobiça de mais prazer. A soma de 10.000 libras pode sustentar todos os luxos de que ele queira desfrutar. E o orgulho — o desejo de ser mais rico que os outros ricos e, mais do que isso, o desejo de poder. Pois, evidentemente, é do poder que o orgulho realmente gosta: nada faz o homem sentir-se tão superior aos outros quanto o fato de poder movê-los como soldadinhos de brinquedo. Por que uma moça bonita à caça de admiradores espalha a infelicidade por onde quer que vá? Certamente não é por causa de seu instinto sexual: esse tipo de moça é quase sempre sexualmente frígida. É o orgulho. O que faz um líder político ou uma nação inteira quererem expandir-se indefinidamente, exigindo tudo para si? De novo, o orgulho. Ele é competitivo pela pró­pria natureza: é por isso que se expande indefinidamente. Se sou um homem orgulhoso, enquanto existir alguém mais poderoso do que eu, ou mais rico, ou mais esperto, esse será meu rival e meu inimigo.

Os cristãos estão com a razão: o orgulho é a causa principal da infelicidade em todas as nações e em todas as famílias desde que o mundo foi criado. Os outros vícios podem, às vezes, até mesmo congregar as pessoas: pode haver uma boa camaradagem, risos e piadas entre gente bêbada ou entre devassos. O orgulho, porém, sempre significa a inimizade – é a inimizade. E não só inimizade entre os homens, mas também entre o homem e Deus.”

(C.S. Lewis)

“O Filho de Deus tornou-se homem para possibilitar que os homens se tornem filhos de Deus.”

Citação

Réu!

O homem antigo se chegava a Deus (ou aos deuses), como uma pessoa acusada se aproxima do juiz. Para o homem moderno, os papéis se inverteram. O homem é o juiz e Deus está no banco dos réus. O homem moderno é um juiz extraordinariamente benévolo: está disposto a escutar a Deus se Este for capaz de defender razoavelmente o porquê das guerras, da pobreza e das enfermidades. O processo pode inclusive terminar com a absolvição de Deus. Porém o importante é que o homem está no tribunal e Deus é que está no banco dos réus.

C. S. Lewis

Vídeo

Teologia da Prosperidade

“…por todas estas razões e ainda outras, é algo trágico que uma das nossas maiores exportações da America é o evangelho da prosperidade. Pessoas estão sendo destruídas por isso. Cristãos estão enfraquecidos por isso. Deus tem sido desonrado por isso. E almas estão perecendo por causa disso. E muitos caras estão ficando ricos com isso.” (John Piper)

“Sondando sua Consciência”

ImagemTava passeando pela pagina do Projeto Spurgeon quando me deparei com o link de um texto de Jonathan Edwards, a quem conheci a mais ou menos uns 2 meses atrás (aquele lá do livro As Firmes Resoluções de Jonathan Edwars) e criei uma admiração enorme, podemos assim dizer, rsrs. Postei e prometi que iria continuar postando algumas coisas do livro citado acima (e vou continuar postando), em que eu me apeguei muito. O livro é maravilhoso, o autor é Steven J. Lawson, e o livro é o segundo de uma serie intitulada Um Perfil de Homens Piedosos, Editora Fiel.

Voltando ao meu passeio pela pagina, encontrei o link do texto que foi adaptado e parafraseado para o inglês moderno a partir do ensaio de Edwards, “Christian Cautions : The Necessity of Self-Examination”. Bem, o texto, é como… humm… um tapa na cara de todo cristão – (pode ser) seria também um tapa na cara de todo ser humano, se Deus o conceder discernimento. O texto nos alerta para o pecado oculto em nossos corações, a cegueira em que nos encontramos quando confiamos inteiramente em nosso ser, as brechas que deixamos para que Satanás venha e nos cegue, os pecados habituais o qual consideramos inofensivos – foi tratado rapidamente no texto, mas é um grande perigo, eu tinha alguns ‘costumes habituais’ que me levavam a pecar e desonrar muito o nome de Deus e eu não tinha conta disso, chegavam a me deixar triste, arrogante (consequências), graças a Deus aprendi a odia-los e, consequentemente, abandona-los -, fala também da forma de obediência incompleta.

Depois de expor de uma forma geral o pecado escondido em nossos corações, o autor mostra as formas de se conhecer o pecado: Conhecimento da Lei de Deus, O autoconhecimento, Como examinar a si mesmo, a união da auto-reflexão com os sermões ouvidos e a Palavra lida,  reflexão sobre seus atos quando estiver nos últimos minutos de vida, Considere o que outros podem dizer sobre você (para uma pessoa que não vive realmente as Leis de Deus, é um ato bem difícil de ser praticado), Sonde sua consciência buscando os pecados secretos, Pergunte a si mesmo se negligencia a leitura bíblica, Pergunte a si mesmo se secretamente você está entretendo alguma paixão sensual

Então daí, ele aborda a razão das aflições e castigos que recebemos de Deus, que é resultado dos nossos pecados. E termina com a seguinte observação: “Se, ao ler este texto, você percebeu que vive em um tipo de pecado, considere que de agora em diante, se viver da mesma maneira, estará vivendo com um pecado conhecido. Se era ou não era conhecido no passado, você talvez tenha vivido assim inadvertidamente. Mas, agora que é consciente dele, se continuar nele, seu pecado não será um pecado da ignorância, mas você se mostrará como um dos que vivem intencionalmente em caminhos de pecados conhecidos.”

Assim como super indiquei a leitura do livro de Steven J. Lawson, super indico a leitura desse texto para todos os leitores do blog. Queridos (as), a leitura desse texto requer paciência, reflexão, e, sobretudo, amor por Um Único Deus e Salvador, pois a nossa carne será diretamente confrontada, e se o amor de Deus não estiver em nós, se a Sua Graça e Sabedoria não nos é concedida, nos pegaremos odiando esse ensinamento. E mais ainda, que possamos a cada dia negar a nossa carne e viver uma vida de adoração e dedicação a Deus.

Para baixar o texto é só clicar aqui. Pessoal do Projeto Spurgeon, mais uma vez obrigado por nos presentear com esses links e livros!

Citação

“Sonda-me, ó Deus”

Sonda-me, ó Deus, pois vê meu coração.
Prova-me, ó Pai, te peço em oração.
De todo mal liberta-me, Senhor,
Da transgressao também que oculta for.

Limpa meu ser dos vis pecados meus,
Tua promessa cumpre, meu bom Deus.
Vem consumir o mal com teu amor,
Pois quero Te magnificar, Senhor.

Todo o meu ser, que já não chamo meu,
Quero gastá-lo no serviço teu.
Minhas paixões tu podes dominar,
Ó Santo Deus, vem sempre em mim estar.

Lá do alto céu o avivamento vem,
A começar em mim e indo além.
O teu poder, as bênçãos, teu favor
Aos que são teus concede, ó Pai de amor.

Hinário Cristão – Sonda-me, ó Deus

As bençãos de Deus

Hoje mais cedo, fui no blog da Francine vê como fazia para participar do Sorteio de final de ano. Uma das maneiras de se cadastrar no sorteio era dá o testemundo relacionado ao tema: “Qual foi a maior bênção que o Senhor te concedeu no ano de 2012?”. Fiz uma retrospectiva rapida de toda A Benção que tinha acontecido e vem acontecendo na minha vida. Dividi lá tudo de bom que Deus tem feito por mim, e quero fazer o mesmo aqui!

Bem lá vai meu testemunho: Eu sou Mariana, tenho 18 primaveras e cresci em um lar cristão. Meus pais quando começaram a namorar, foram chamados para servir a Deus em uma igreja. Eu e meus dois irmãos nascemos e crescemos ouvindo as Santas Palavras de Deus. Quando eu tinha 10 anImagemos de idade, houve algo muito inesperado para minha família: por questão de doutrinas, meu pai deixou de ter comunhão com essa igreja e foi congregar na Batista Emanuel Reformada, em uma cidade que ficava mais ou menos a uns 40km da cidade em que morávamos. Começou neste momento a nossa jornada. Apenas eu e meu irmão seguimos o meu pai e apenas dois anos depois minha mãe e minha irmã foram para essa igreja. Foi um choque muito grande de doutrinas. Digamos que foi de uma igreja mais “rígida” para uma mais “liberal” (digo em termos de vestimentas, cabelos, maquiagem, etc.), porque a doutrina em si, era bem mais séria. Enfim, essa foi à introdução para que vocês possam entender a minha historia.

Com essa mudança, fui me desapegando das doutrinas cristã e me afastando de Deus. Deixe vários hábitos de lado, e começava a me sentir mais igual com o mundo. Foram anos de trevas, mas que eu não enxergava como sendo. Durante minha adolescência namorei incrédulo, me comportei como uma menina incrédula, andava e se vestia como uma. Minhas amizades me levavam para mais distante de Deus. E eu continuava indo as quartas e domingo para a igreja, ouvindo as exortações dos meus pais, de pastores, e alguns irmãos da igreja.  Mas nada daquilo me incomodava, eu ouvia calada, as vezes com tristeza, mas nada ia tão fundo. Eu sentia vergonha de dizer que fazia parte de uma congregação cristã. Em 2009 me mudei para Petrolina para estudar, onde morei com meu irmão (sozinhos) por dois anos, depois de dois anos meus pais vieram. Petrolina era o lugar. Era o lugar que me faria ser pior do que eu já estava. Era o lugar em que eu me afastaria mais e mais de meu Deus. Mas era o lugar que me levaria de volta pra onde tudo começou e é o lugar onde estou vivendo a graça de Deus.

No ano de 2012, exatamente em Fevereiro, eu e minha família fomos à Petrolândia, para nos reunirmos com a Igreja Batista Emanuel Reformada de Petrolândia, a Igreja Batista Reformada de Caruaru e a Igreja Batista Reformada de Teresina para o Retiro de Carnaval de 2012, o retiro trazia como Tema: “As instruções bíblicas para se ter uma igreja forte” – Divisa: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” (Mateus 16:18). Naquele retiro, tudo mudou. ImagemMeu interesse em ouvir a Palavra e aprende-la era enorme e parecia insaciável. A cada palestra exposta eu ficava mais e mais feliz por estar ali e por esta ouvindo e participando daquela comunhão. Os três dias de retiro eram o começo de tudo que estou vivendo hoje e espero viver para sempre.

Quando cheguei do retiro, eu praticamente comecei a engolir livros, estudos e comecei a ler, e principalmente, vê a Bíblia com outros olhos. Ao vê-la e lê-la tudo fazia sentido, e quando não fazia, eu me prostava e pedia orientação a Deus. Mas tudo era tão novo para mim, que não parecia que eu tinha passado os meus 17 anos vivendo dentro de igrejas. A Soberana Graça de Deus estava sendo derramada sobre mim. E nada, naquele momento, e nesses dias me deixou mais feliz. Eu sinto prazer, alegria, honra, amor e paixão em dizer a todos e a mostrar a todos que hoje eu sou uma cristã. E comecei a fazer isso logo que voltei do retiro, contei aos mais próximos o que eu estava sentindo e o que estava acontecendo comigo. Me prostei diante de Deus e pedi perdão pelos meus infinitos pecados, por ter sido a pior entre muitos pecadores, e agora a minha vergonha era de saber e vê o que eu tinha sido.

No dia 20/07/2012, eu pedi o batismo, expressei minha eterna gratidão a Deus, aos pastores e aos meus pais que nunca me abandonaram, apesar de tudo que eu fui… Com imensa alegria, eu pedia, enfim, meu batismo. No dia 29/07/212, fui batizada, as águas estavam bravas, como mesmo disse minha mamãe na Fé, Anna Barros: “As águas estavam agitadas, é verdade… mas elas expressavam bravura… bravura de quem virou as costas para o mundo e voltou-se para Deus, em obediência à Sua vontade.” ImagemFoi o segundo momento mais lindo e feliz de minha vida. Apesar das quedas, dos tombos, das fraquezas, dos choros, das aflições, Deus esteve e esta comigo, me dando força total pra continuar virando as costas para o mundo e vivendo pra Ele.

Nunca poderei quitar minha divida com Deus, mas o servirei até o fim, pelos séculos dos séculos, e agradeço infinitamente por ter derramado sobre mim essa Graça, esse amor que eu nunca mereci e nunca merecerei. A Sua Soberania me levou para debaixo de Seus Braços na hora certa, no momento certo e no lugar certo. Como Ele determinou. Eu espero e O peço sempre, que faça de mim uma pessoa melhor, onde sua face e sua luz sejam refletidas para o mundo. Para Gloria e Honra do nome dEle. Amém. Essa não só foi a maior benção derramada sobre mim em 2012, mas foi a maior benção da minha vida!

P.S.agradeço também a Deus pelas pessoas que Ele colocou no meu caminho neste ano e as pessoas que Ele nunca tirou de perto de mim, para me ajudar a viver uma vida cristã: meus pais (Aldo e Luciene), meus irmãos (Filipe e Samara), Yuri, Pr Jorge, Pr Edson, Anninha, Rogério B e a toda Igreja de Petrolandia, Teresina e Caruaru. E aos meus amigos,  por expressar a sua felicidade e agradecimento a Deus por minha vida: Allany, Angélica, Kleiton, Jackeline, Tatyelle, Felipe F., Manu, Lorens, e todos os outros a quem não preciso mencionar, pois os amo do mesmo modo e os agradeço.